O Corinthians é um clube movido por paixão, suor e história. Em mais de um século de existência, nomes inesquecíveis marcaram sua trajetória, tornando-se verdadeiros ídolos da Fiel Torcida. Esses jogadores não foram apenas atletas — tornaram-se símbolos de raça, entrega e amor pelo manto alvinegro. Neste artigo, você vai conhecer os maiores ídolos da história do Corinthians e entender por que seus nomes estão eternizados na memória do clube.
No Corinthians, a relação entre o torcedor e o jogador vai além do desempenho em campo. Para ser considerado um ídolo, não basta fazer gols ou ganhar títulos. É preciso representar o espírito do clube: lutar até o fim, honrar a camisa e se conectar com a torcida. Alguns desses ídolos surgiram em momentos de crise; outros brilharam em épocas de conquistas. Mas todos têm em comum a identificação com a alma corinthiana.
Um dos nomes mais emblemáticos da história do Corinthians é Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, conhecido simplesmente como Sócrates. Além de sua genialidade com a bola nos pés, ele liderou um dos momentos mais marcantes do clube: a Democracia Corinthiana, movimento que deu voz aos jogadores em decisões administrativas.
Sócrates atuou no clube entre 1978 e 1984. Com seus passes precisos, gols de calcanhar e postura firme fora de campo, ele conquistou o coração da torcida e se tornou um símbolo de inteligência e coragem. Sua influência vai muito além das quatro linhas.
Marcelinho Carioca é sinônimo de gols de falta, títulos e amor declarado ao Corinthians. Contratado em 1994, viveu seu auge com a camisa alvinegra na década de 1990. Com sua personalidade forte e estilo decisivo, marcou mais de 200 gols e conquistou quatro Campeonatos Paulistas, um Brasileirão e uma Copa do Brasil.
Além das conquistas, Marcelinho ficou marcado pelo carisma e pelo envolvimento emocional com o clube. Seu relacionamento com a torcida sempre foi intenso, gerando admiração e, às vezes, polêmica. Mas seu talento e sua entrega o colocam entre os maiores ídolos da história do Timão.
Poucos jogadores se identificaram tanto com o Corinthians quanto José Ferreira Neto, ou simplesmente Neto. Meio-campista habilidoso e dono de uma perna esquerda poderosa, Neto foi o grande protagonista da conquista do primeiro título brasileiro do clube, em 1990.
Com gols decisivos e atuações memoráveis, ele comandou o time dentro de campo e se tornou um símbolo daquela geração. Até hoje, sua relação com o clube é forte, e sua presença na mídia reforça seu legado como um dos maiores nomes do Timão.
Roberto Rivellino talvez seja um dos casos mais emblemáticos de um ídolo que, mesmo sem títulos expressivos pelo clube, marcou época. Revelado pelo Corinthians, encantou o país com sua habilidade, dribles curtos e o famoso “elástico”. Atuou de 1965 a 1974 e, mesmo sem levantar taças, conquistou a admiração da torcida pela sua entrega e talento.
A ausência de conquistas coletivas em sua passagem pelo clube é, até hoje, considerada uma injustiça histórica. Mesmo assim, Rivelino é lembrado com carinho pelos corinthianos como um dos grandes gênios que vestiram o manto alvinegro.
Se existe um ídolo recente que já tem lugar garantido na história do Corinthians, esse nome é Cássio Ramos. O goleiro chegou ao clube em 2012 e rapidamente se tornou um dos pilares da equipe campeã da Libertadores e do Mundial de Clubes naquele mesmo ano.
Com defesas impressionantes, especialmente nas fases decisivas, Cássio foi essencial em conquistas nacionais e internacionais. Além disso, sua postura profissional e longevidade no clube fizeram dele um dos jogadores mais respeitados pela torcida e pela história do Corinthians.
O peruano Paolo Guerrero talvez não tenha ficado tanto tempo quanto outros ídolos, mas seu nome está gravado na história com letras douradas. Foi dele o gol do título contra o Chelsea na final do Mundial de Clubes de 2012, um dos maiores momentos da história do clube.
Guerrero se destacou pelo oportunismo, força física e presença de área. Mesmo após sua saída, o respeito da torcida permanece, graças ao peso do seu gol mais importante com a camisa do Timão.
Freddy Rincón, colombiano que marcou época no meio-campo do Corinthians, foi um dos pilares da equipe campeã brasileira em 1998 e 1999. Com sua imponência física, visão de jogo e liderança natural, Rincón era o motor do time em campo. Sua passagem pelo clube ficou marcada pela consistência e pela identificação com o espírito de luta do Corinthians. Um verdadeiro símbolo de força e entrega.
Carlos Tevez chegou ao Corinthians em 2005 cercado de expectativa. O atacante argentino rapidamente entendeu o que o clube representava e assumiu o protagonismo em campo. Com raça, técnica e liderança, foi o principal nome da campanha do título do Campeonato Brasileiro daquele ano.
Tevez marcou gols decisivos, se entregou em cada jogo e conquistou a torcida pela postura guerreira. Mesmo com uma passagem relativamente curta, seu impacto foi tão grande que até hoje é lembrado com carinho pela Fiel como um dos gringos que mais vestiram bem a camisa do Timão.
Discreto fora de campo e extremamente eficiente dentro dele, Danilo foi peça-chave em diversas conquistas recentes. Chegou ao clube em 2010 e participou ativamente das conquistas do Brasileirão de 2011, da Libertadores, do Mundial de 2012, além de títulos estaduais e nacionais.
Seu estilo de jogo inteligente, sempre fazendo o simples com eficiência, fez com que fosse considerado um dos mais subestimados — e ao mesmo tempo mais valiosos — jogadores da sua geração no Corinthians. Danilo é o exemplo perfeito do ídolo que conquista respeito com trabalho silencioso.
Com 805 jogos com a camisa do Corinthians, Wladimir Rodrigues dos Santos é o segundo jogador que mais vezes entrou em campo pelo clube. Lateral-esquerdo de talento e consistência, atuou durante os anos 70 e 80, sendo um dos grandes símbolos da resistência e da luta dentro e fora dos gramados.
Além da regularidade, Wladimir também se destacou pela consciência social e por ter feito parte da Democracia Corinthiana. Sua trajetória é lembrada com admiração pelos torcedores mais antigos e respeitada pelas novas gerações.
Embora tenha jogado pouco tempo no Corinthians, Carlos Gamarra deixou uma impressão duradoura. O zagueiro paraguaio ficou conhecido por sua elegância, precisão nos desarmes e um incrível controle defensivo. Durante a temporada de 1998, foi peça fundamental no título brasileiro.
Gamarra raramente cometia faltas e se destacava pela inteligência tática. Sua passagem pelo clube foi curta, mas suficiente para torná-lo um dos zagueiros mais respeitados que passaram pelo Parque São Jorge.
Elias é um daqueles jogadores que, mesmo indo e voltando, sempre manteve uma forte ligação com o Corinthians. Revelado para o grande público no clube, viveu grandes momentos com a camisa alvinegra, como os títulos do Brasileirão de 2015 e a Libertadores de 2012, ainda que tenha saído antes da final.
Volante moderno, com chegada à área e excelente posicionamento, Elias conquistou a torcida por sua entrega e pelas entrevistas emocionadas nas quais sempre reforçava seu amor pelo clube. Ídolo de uma geração recente, é lembrado com carinho pela Fiel.
Chegado ao clube em 2014, Jadson rapidamente se destacou como um dos meias mais criativos dos últimos tempos no Corinthians. Ao lado de Renato Augusto, foi fundamental no título brasileiro de 2015, considerado por muitos uma das campanhas mais consistentes da era dos pontos corridos.
Com visão de jogo apurada, passes precisos e gols importantes, Jadson se tornou um ídolo moderno. Sua volta ao clube em 2017 reforçou sua identificação com a torcida, participando de mais conquistas estaduais e sendo referência técnica do elenco.
Renato Augusto representa a elegância no meio-campo corinthiano. Comandou o time nas conquistas do Brasileirão de 2015 e voltou em 2021, consolidando-se como líder dentro e fora de campo. Sua inteligência tática e precisão nos passes o transformaram em peça central nas campanhas recentes.
Mesmo em fases difíceis, sua postura profissional e respeito à torcida o mantiveram como um dos nomes mais admirados do elenco. Ídolo de uma geração mais recente, Renato é exemplo de qualidade e liderança no Timão.
A história do Corinthians é escrita por títulos, sim, mas principalmente por pessoas. Jogadores que, em diferentes épocas, representaram com dignidade e paixão o sentimento corinthiano. Alguns marcaram época com dribles e gols; outros com raça, liderança ou identificação com a arquibancada.
Esses ídolos se tornaram pontes entre gerações. Muitos torcedores começaram a amar o clube por causa de um gol do Neto, uma falta do Marcelinho, uma defesa do Cássio ou uma jogada mágica de Danilo. O legado deixado por esses nomes é permanente — e se renova a cada nova estrela que surge no clube.
O Corinthians é um clube diferente. Aqui, o ídolo não é apenas um bom jogador. Ele precisa entender o peso da camisa, a responsabilidade de representar milhões e o significado de vestir preto e branco. Ser ídolo no Corinthians exige mais do que talento: exige alma.
E é exatamente isso que torna esses nomes inesquecíveis. Porque, para a Fiel, ídolo é aquele que honra o clube, dentro e fora de campo. E essa conexão é para sempre.